27 May 2011

Jardim de moradia em Sintra
A raquete não é para estacionamento
Mas sim para conviver no exterior, nos dias de Sol, filtrado pela folhagem das árvores existentes e propostas.
Os relvados são para marginar os pavimentos, orlas verdes que são orlados por manchas herbáceas-arbustivas.

26 May 2011


Foi mestre Lagoa Henriques que me ensinou a desenhar umas coisinhas, comparativamente.

25 May 2011

Jardim de moradia
A vegetação era quase toda silvestre, a verde mais claro relvado de sol e a escuro relvado de sombra sob pinhal existente.
As escadas são em estrutura em betão capeadas a pedra nas quais se embebem rochas e vegetação intersticial.
A piscina já existia.
A modelação foi uma sugestão.

22 May 2011

function follows formality

A visualização de projecto sob a forma de maqueta é fundamental. Permite discernir a composição desconstruída por cada elemento, relações formais e funcionais, eixo, margem, limite, aberto, encerrado, percurso, ritmo,...
Não acredito na ideia de que a forma segue a função, porque toda a função é produto de um desenho, de uma estrutura intrínseca, pré-existente, mandatória, ou também impositiva, disciplinadora mas flexível porque obedece ultimamente ao desenho, evidentemente não em contexto de pura arte plástica.
Eis a razão porque creio que é a forma que induz significados - em certos contextos, sobretudo arquitectónicos

Viewing projects in the form of models is crucial. Deconstruction; discern the composition of each element, formal and functional relations, axis, edge, limit, open, close, route, pace, ...
I do not believe in the idea that form follows function, because the whole function is the product of a design, an intricate structure, pre-existing, mandatory, or even imposed, but flexible, disciplinary lately, because it obeys the design, evidently not in context of pure plastic art.
This is why I believe that is form that induces meanings - in certain contexts, especially architectural.

21 May 2011

Taludes são áreas geotecnicamente instáveis. Logo deverão enquadrar áreas de protecção a vias e outras infraestruturas. Deverão ser semeadas e plantadas com vegetação apropriada do local. Chama-se a isso coerência edáfica e climática ou seja ecológica. Existem várias técnicas de instalação de vegetação - sementeiras a lanço e covacho sobre terra vegetal ou armazenada em pargas, resultante de decapagem prévia. A hidrossementeira é uma técnica de projecção hidraulica de propágulos (e outras matérias) que várias vezes utilizei - é calcular a densidade de projecto e adicionar perdas por predação. Existe um certo grau de empirismo e resulta fortemente da experiência exercida para verdadeiramente controlar o tema.

20 May 2011

MEMÓRIA DESCRITIVA
SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA E ASPECTOS LIGADOS À INFORMAÇÃO DISPONÍVEL
Relativamente ao assunto em epígrafe, cabe-nos informar a Administração e Direcção Técnica sobre as nossas reservas sobre a elaboração do Estudo Prévio e Projecto de Execução consequente para os espaços em causa;
.1 O levantamento topográfico apresentado é altamente insuficiente em termos da definição de geometrias existentes, bem como dados altimétricos. (Muros existentes e outras estruturas, cotagem altimétrica e definição de curvas de nível, incluindo informação altimétrica da ribeira (Margens, talvegue)). Não sabemos ainda se será necessário a definição de redes existentes ou se estas serão totalmente abolidas e refeitas. No entanto é importante toda a informação relativa a aduções, caixas de esgotos e pluviais na vizinhança dos limites de intervenção, no sentido de efectuar ligações.
.2 É absolutamente necessária a informação relativa à localização das árvores bem como a definição planimétrica da projecção do copado.
.3 A presença de muros materializados em pedra empilhada, alguns argamassados, outros não, com alturas desde a base ao coroamento até cerca de seis metros, revela-se um tema importante. É nossa opinião que estes padecem de instabilidade estrutural, apresentam deformações planares e muitos têm o coroamento em ruína. Julgamos ser necessárias acções que se desdobram em duas opções: Ou se procede ao desmonte e reconstrução dos mesmos, incluindo todos os trabalhos acessórios (Sapatas, alinhamento ao tardoz, filtros drenantes, etc.) ou, segunda opção, se introduz a construção de muros de suporte em betão armado “agarrados” aos muros em pedra que funcionarão como elementos estabilizadores (Contenção). Esta segunda opção, comporta no entanto, algumas dificuldades na sua execução, pois na abertura de caboucos, sujeitamo-nos ao desabar dos muros em pedra. Para obviar esta questão, contamos com a experiencia e conhecimento de Engenheiros Civis que naturalmente, nos esclarecerão sobre a execução da obra. (Muito provavelmente escoramentos faseados). Estes muros em betão deverão ser revestidos a aparelho de pedra da região.
.5 Sobre a ribeira, importa informar que este acontecimento, central no contexto de projecto, surge extremamente encaixada, mesmo emparedada por muros de suporte em pedra com desníveis assinaláveis (Até cerca de 5-6 metros). Este facto, profundamente marcante, impossibilita qualquer pretensão a redesenhar as margens em forma de talude revestido a pedra arrumada à mão (Na base – zona de influência da margem elástica) e revestimentos em vegetação apropriada. Nem faria sentido.
.6 Vegetação presente – Acerca deste tema importa descrever os elementos existentes: Notámos a presença de, no estrato arbóreo, de Tilia platyphyllos, Salix salvifolia, Alnus glutinosa, Sambucus nigra, Acer monspessulanum e ainda Acer pseudoplatanus.
No estrato arbustivo encontrámos Laurus nobilis, Cydonia oblonga e Sambucus nigra.
No estrato herbáceo surge Vinca major e arrelvados higrófilos.
Todas estas formações têm interesse e deverão ser conservadas e enriquecidas.

SOBRE A FILOSOFIA DE INTERVENÇÃO
Neste próximo texto, pretendemos assinalar determinados conceitos que consideramos determinantes na definição do projecto.
.A - Sobre a ribeira devemos afirmar que a ideia é proceder a acções de limpeza do leito e margens, redução do potencial invasor de plantas infestantes (Designadamente através do efeito competitivo de novas plantações e sementeiras) bem como a sua eliminação em concreto.
Em tudo o mais, a intervenção na ribeira, resumir-se-á a plantações e sementeiras no sentido de atribuir valores ecológicos e plásticos naquele contexto.
As plantações e sementeiras deverão ser constituídas pelas seguintes espécies (Sem excluir a possibilidade de outras bem adaptadas):
Anemona sp.
Duchesnea indica
Fragaria vesca
Lamium galeobdelum
Lythrum salicaria
Iris pseudacorus
Narcissus sp.
Ranunculus sp.
Vinca major
Fetos

Sementeiras de Poa nemoralis em taludes de montante sujeitos a forte ensombramento.

.B – Sobre o desenho global de jardins, percursos (pavimentações), muros e muretes, mobiliário e equipamento e iluminação exterior; a nossa concepção de projecto assenta na definição de duas tipologias de intervenção. Como foi dito em .A, por um lado as acções sobre a ribeira, pelo outro a intervenção nos abertos libertados pela demolição dos edifícios industriais. Pretende-se aplicar um desenho bem implantado altimétricamente, constituído por parcelas relativamente desniveladas como se fossem “parterres” mas agora despidos de glorietas, inteiramente revestidos por prados, relvados, herbáceas e sub-arbustos, por pavimentações e, claro, por soluções mistas.
As árvores a plantar deverão corromper a formalização ao nível do chão, o copado constitui massas que se impõem sobre os planos horizontais.
Estes patamares serão contidos perifericamente por muros e muretes que, gostaríamos, fossem em alvenaria de pedra da região argamassada sem massa à vista, formando também bancos para apreciar a paisagem. Naturalmente haverá bandas de contacto entre percursos estruturantes e os patamares, possivelmente pequenos lances de escadas e rampas que farão articulação com/entre os diversos elementos compositivos. Dizemos pequenos lances e rampinhas pois as áreas em foco apresentam declives, no sentido da ribeira, de relativo pequeno valor.
Mobiliário – É nossa opinião que, no desenho, devemos incluir certos elementos correspondentes a esta categoria; serão bancos em pedra da região de forma sensivelmente cúbica e paralelepipédica com complementos (Desenho de assentos) em madeira exótica. Estas peças serão distribuídas racionalmente e não só, no panorama de trabalho de modo a oferecer condições de estar, ver, ouvir e sentir.
Propõem-se igualmente a inserção de um pequeno parque infantil, na proximidade da cafetaria (Vigilância das crianças por parte dos adultos) com alguns brinquedos como molas, baloiço e estrutura para trepar, tudo sobre pavimento amortecedor em borracha e de acordo com o Decreto-Lei n.º 379/97 de 27 de Dezembro.
Iluminação exterior – A abordagem deverá ser funcional mas também integrar a ideia de que deverão iluminar pontos singulares; árvores esplêndidas, pontos focais determinantes, eixos dominantes, pormenores de interesse construtivo (por exemplo um revestimento excepcional) e por aí em diante.

Breve descrição,

O espaço correspondente ao exterior consiste num grupo de dois talhões de terreno planos com uma função, essencialmente, de enquadramento.
O elemento interessante nesta micropaisagem, é de facto, a presença dum elemento arbóreo de grande porte (Araucaria heterophylla) que introduz um valor iconográfico à pequena porção de paisagem característica do conjunto jardim - edificado romântico dos concelhos de Lisboa e arredores.
Tudo indica que irei a banhos, ligeiramente acima do Trópico de Capricórnio.
Agrada-me
Tenho uma necessidade extrema de fazer coisas
Aqui não há lugar, nem pachorra

Do I have a comedian face ?

concurso

concurso
atenção ao nome do ficheiro de imagem


Jardins de moradias em Loures

19 May 2011

coisas - point, line, hatch

Numa abordagem elementar, entende-se por Elementos da Paisagem, o conjunto dos componentes espaciais (Parcelas, corredores e matriz),e suas relações, capazes de manter a integridade ecológica duma paisagem[1].

Em termos de desenho, a coisa reduz-se a três elementos muito simples - ponto, linha e mancha.
Há também, depois da materialização, a quarta dimensão - O Tempo



[1] Forman, R. T. T., 1997


Jardim de cobertura para Lisboa - obriga a afagar o pavimento existente e pintá-lo posteriormente em poliuretano (no exterior só vão os poliuretanos (beige), os epóxis não funcionam por causa dos agentes climáticos, sobretudo radiação).
As áreas marginais são manchas orgânicas de calhau rolado de granulometria diversa e natureza basáltica e calcária. São limites que pretendem desformalizar a quadratura dos muretes-platibandas.
A vegetação é pontuadora, alegórica, ritmante, algo menosprezável pois de tão sintética - nada desprezível.  
O pavimento em madeira e pérgola, de dimensões generosas é para estar;
"sofre-se muito mas também se curte"

18 May 2011

 
estudos para uma piscina

irrigation

A rega é uma ciência, nada interessante, nada mesmo




1. Implantação topográfica da obra
1.1 Fornecimento e execução de implantação topográfica da obra através de estacas cravadas no solo em madeira com cabeça pintada de encarnado
2. Movimentos de terras
2.1  Escavação gral para para abertura de caixa para camadas de brita arenosa (30cm), terra vegetal (20cm) e areia de top-soil (2cm) incluindo remoção de produtos escavados a vazadouro.
3. Drenagem interna
3.1 Fornecimento e execução de valas drenantes em tubo geodreno 100mm com inclinação de 1,5% (Valas transversais)
3.2  Fornecimento e execução de Fendas drenantes em areia lavada do rio (Drenagem longitudinal)
4. Drenagem Periférica ou Colecta Final
4.1 Fornecimento e execução de valas drenantes com secção 0,40x0,40x0,40 pra assentamento de colector periférico e SINK final
4.2 Fornecimento e execução de valas drenantes em tubo PVC PN8 Diâmetro 250mm 
4.3  Fornecimento e execução de ligações em acessórios de ligação (T´s) entre drenos sub-superficiais Diâmetro 100mm e colectores em PVC diâmetro 250 mm (Colector periférico)
4.4  Fornecimento e execução de caixas de passagem, ligação em alvenaria de tijolo com tampa em ferro rebaixada para recebimento de terra vegetal
5. Camadas drenantes, Terra Vegetal e Top-Soil em formação de perfil 
5.1  - Fornecimento e execução de camada de Brita Arenosa com 30 cm de espessura em camada drenante e de fundação para pavimento de campo
5.2  - Fornecimento e execução de camada de Terra Vegetal enriquecida com matéria orgânica (5%) com 20 cm de espessura em camada para desenvolvimento de relvado, de acordo com pendentes superficiais de projecto.
5.3  - Fornecimento e execução de camada de areia lavada do rio com 2cm de espessura para recebimento de semente de relvado.
6. Sistema Automático de Rega e Sistema de Bombagem
6.1  - Fornecimento e execução de valas para assentamento de tubagem de distribuição e condução (Este trabalho deverá ser executado aquando da drenagem sub-superficial)
6.2  - Fornecimento e execução de tubagem em PEAD PN 10 Diâmetro 63 mm incluído acessórios de ligação (T´s, joelhos, etc.)
6.3  - Fornecimento e execução de ligações a aspersores através de acessório SWING-JOINT  1,5 ´´  com 12´´ de comprimento.
6.4  - Fornecimento e execução de ligações em tomadas em carga 63 para 1 1/2 ´´
6.5  - Fornecimento e instalação de eléctroválvulas 200 PGA de 2´´
6.6  - Fornecimento e instalação de válvulas de isolamento em PVC  de esfera de 2´´
6.7  - Fornecimento e instalação de Teflon de Ligação
6.8  - Fornecimento e instalação de aspersores Rainbird 8005-SS  com copo de borracha para relva natural
6.9  - Fornecimento e instalação de racord de ligação 2´´ para 63 mm 
6.10  - Fornecimento e instalação casquilho duplo PVC  2´´
6.11  - Fornecimento e instalação de cabo condutor de 7 fios tipo IRRIGATION (Bobine de 75 m) em alternativa poderá usar-se cabos de dois condutores a cada electroválvula.
6.12  - Fornecimento e instalação de conectores DBR 
6.13  - Fornecimento e instalação de conectores DBY
6.14  - Fornecimento e instalação de caixas de válvulas VB 1220 + Tampa VB1220C
6.15  - Fornecimento e instalação de Programador tipo Rainbird HP 8 Estações
6.16  - Fornecimento e instalação de Bocas de Rega tipo Rainbird 5-LRC-BSP de 1´´ 
6.17  - Fornecimento e instalação de joelho giratório SH-2 BSP (1´´)
6.18  - Fornecimento de chave 55K-1-BSP (1´´) ao dono de obra
6.19  - Fornecimento e execução de ligações para sistema de bombagem do tipo GRUNDFOS CR 15-5 com arranque progresssivo básico  diâmetro nominal de saída de 50 mm, Potência KW 4, pressão 5 BAR, caudal 19 m3. Inclui arranque por sinal eléctrico (Programador), relé de 24 V AC, Termostato de protecção da bomba, flange e colector em aço galvanizado, válvula de retenção Socla, válvula de esfera de segurança, manómetros e um quadro eléctrico montado na bomba com arranque do tipo progressivo básico.
7. Depósito de rega em betão armado com tampa de visita 
7.1  - Fornecimento e execução escavação geral para implantação de depósito em betão armado
7.2 Formação de camada de fundação em enrocamento com 0,40 m devidamente compactada
7.3  Fornecimento e execução de betão de limpeza com 0,05 m de espessura.
7.4  Fornecimento e execução de betão armado em muro de suporte incluindo vala de drenagem e pintura betuminosa ou lâmina drenante
7.5  Fornecimento e execução de laje do pavimento (betonilha armada) com 0,20 de espessura incluindo dupla malhassol CQ 30.
7.6  Fornecimento e execução de laje de cobertura (betonilha armada) com 0,20 de espessura incluindo dupla malha 10x10 Diâmetro 8mm.
7.7  Fornecimento e execução de pilares em betão armado (Situação a aferir em obra ou pela engenharia civil)
8. Sementeiras
8.1  - Fornecimento e execução de sementeira de relvado com semente de Cynodon dactylon var. Numex-Sahara na dose de 12g/m2 incluindo deposição de semente e ancinhagem geral para enterramento.
9. Balizas de Jogo
9.1  - Fornecimento e instalação de balizas de jogo em tubo de diâmetro 0,12 pintado de branco com esmalte sobre primário com dimensões livres de 7,32 x 2,44 m incluíndo camarões soldados com distância de 10 cm para fixação da rede à trave e postes incluíndo rede de nylon ou polietileno com malha de 10x10 cm, sobre sapatas de betão armado com 1,0x1,0x1,0 m3 à profundidade de 1,30 m da superfície instaladas em mangas de aluminio.
10. Marcações de Jogo
10.1  - Fornecimento eexecução de marcações de jogo de acordo com os critérios da FIFA
Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do acto de traição ? Em situações como esta, os indivíduos deparam-se com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas (?) que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceites como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade,(http://site24.eu/templates/template.php?tipo=etica%20moral&nome=etica&siteid=5790)

E a realidade tem muito que ver com a consciência que temos dela. Participar dela é um acto intencional, por muito suja que seja, todos temos que pôr bifes no frigorífico ...

17 May 2011


A filosofia geral de desenho dos espaços exteriores corresponde à imposição altimétrica resultante da implantação da moradia na encosta.
Deste modo prevê-se a implantação de dois planos adjacentes ao alçado principal (Norte) e ao alçado tardoz (Sul) que correspondem a áreas de desenho particular. O plano superior representa uma intervenção gráfica onde pontuam revestimentos relvados e em seixo basáltico formando uma composição em contraste com o alçado de brancura e singeleza muito fortes. Neste plano utiliza-se um arbusto de grande porte (Arbutus unedo) que contrasta com o alçado, num momento vertical singular.

No plano inferior implanta-se um relvado, que resulta da solicitação do cliente, em dotar o espaço de um plateau para uso intensivo dos moradores e visitas. Na realidade trata-se duma varanda sobre a paisagem com dimensões generosas.

Na transição de planos, junto à curvatura do edifício (transição entre alçado Norte e Oeste) existe, naturalmente, uma queda altimétrica de 3,00 metros. A solução adoptada para a respectiva consiste na utilização de blocos de rocha, de forma irregular, adoçados ao talude com vista a dotar o espaço inclinado de sustentação e de algum modo de escadas informais que rematam com um pavimento em pedra arenítica amarela que faz a ligação entre os dois planos.

Para a obtenção dos respectivos planos horizontais (superior e inferior) é necessária a contenção periférica. Esta contenção faz-se através da utilização de blocos de rocha com dimensão variável (cerca de 1,00x0,50x0,60) no vértice do terreno Sul-Oeste pois corresponde à zona mais baixa. Estes muros de suporte com cerca de 3,5 m são absolutamente necessários para a obtenção de cotas exigidas.

No seguimento da formação de caixa providenciada pelos muros segue-se o enchimento até à obtenção de cota de tosco através de aterros com material granular obtido a partir da escavação necessária à implantação da estrutura – moradia.

Em termos de utilização de terras provenientes do local, procura-se proceder à decapagem do terreno, respectiva crivagem e melhoramento agrológico com vista à obtenção de um composto de características melhoradas. Infelizmente nem todo o material decapado constitui reserva necessária à terra vegetal para o jardim, pelo que será necessário importar material estranho à obra.

Em termos de revestimento vegetal preconiza-se a utilização de espécies autóctones (Myrtus communis, Ulex europaeus, Quercus coccifera) bem como outra espécies de valor paisagístico elevado, sem que no entanto alguma seja invasora.

Falamos de espécies como: Rhamnus alaternus, Rosa canina, Prunus spinosa, Teucrium fruticans, Viburnum tinus, Pistacia lentiscus, Thymus citriodorus, Ajuga reptans, Fragaria vesca, Hedera x helix, Helychrisum italicum, Lotus berthelotii, Mesembryanthemum sp.

As plantas preconizadas deverão ser regadas durante os três primeiros anos, findo os quais serão retiradas de rega pois depois de estabelecidas não necessitam de demais provimentos. (Excepto as espécies Ajuga reptans e Fragaria vesca).
A utilização do material vegetal encontra-se desdobrada em dois conceitos:
1. A colocação em módulos no perímetro da propriedade correspondente às vias existentes (Perímetro de pavimento betuminoso) – corresponde às sebes propostas;
2. A utilização isolada de herbáceas e arbustos no contexto do jardim – corresponde ao material vegetal proposto no interior do jardim.

Em termos de relvados preconiza-se a utilização de:
1. No plano superior – Escalracho (Stenotaphrum secundatum), planta tropical em C4 que consequentemente reduz consumos hídricos importantes.
2. No plano inferior – Mistura de Festuca arundinacea, Poa pratensis e Lolium perenne, relvado fino, de sol, mas resistente ao pisoteio e de elevada agradabilidade ao uso.

Em termos de revestimentos do solo podemos indicar a colocação de casca de pinheiro na projecção do copado arbustivo como meio de manutenção da humidade no solo bem como no aporte de matéria orgânica ao solo.

No virar dos planos, utiliza-se a sementeira de prado florido, solução de revestimento económica e muito eficaz quer do ponto de vista estético quer do ponto de vista ecológico. Trata-se duma sementeira de plantas silvestres bem adequadas ao solo e clima.

Relativamente às plantações arbóreas, estas caracterizam-se por uma certa homogeneidade, fruto de uma linguagem e se pretende não muito diletante das características arquitectónicas; Tratam-se de pinheiros mansos na generalidade e na utilização de ciprestes stricta no particular.
Os pinheiros mansos são resistentes ao vento e muitas outras adversidades e constituem o material essencial das massas arbóreas, os ciprestes são árvores que agrupadas constituem uma paisagem estranha, uma mata de preponderância vertical, enfim, um cenário que no contexto do rock-garden muito exalta as características de mata num contexto sub-arbustivo.

Em termos de sistema de rega utiliza-se o comum ou seja, sectores de aspersão e pulverização comandados pela actuação de electroválvulas e tubagem gota-a-gota em rega de manchas subarbustivas e arbustivas.
Importa no entanto dizer que a filosofia de desenho de rega corresponde ao delinear de anéis múltiplos de tubagem (Tubagem de condução de 50 mm e tubagem de distribuição de 40mm) que visam a distribuição homogénea das cargas, bem como a diminuição de golpes de aríete.
A localização do ponto de adução é indicativa e corresponde ao local mais desfavorável e está sujeito a alterações.
Supostamente utilizar-se-ão as águas de drenagem das coberturas, armazenadas em depósito pelo que será necessário um depósito e bomba para abastecer a rede de rega.

water angle