Fui mordido sem remédio / quem me mordeu foste tu... / E agora morro de tédio, / veneno surucucu.
Foi numa triste cubata, / mais longe do que a distância, / mais longe do que a saudade / que é tempo morto que mata.
Nunca mais posso esquecer / a tua boca sem fala, / quando um leão que é rei, / assustava e complicava / as murmúrios da sanzala.
Uma palmeira, / à luz da Lua, parecia que rezava / naquele mundo profano!...
Fui mordido... - Foste tu! - / Nunca mais posso esquecer-te / - veneno surucucu.
Foi numa triste cubata, / mais longe do que a distância, / mais longe do que a saudade / que é tempo morto que mata.
Nunca mais posso esquecer / a tua boca sem fala, / quando um leão que é rei, / assustava e complicava / as murmúrios da sanzala.
Uma palmeira, / à luz da Lua, parecia que rezava / naquele mundo profano!...
Fui mordido... - Foste tu! - / Nunca mais posso esquecer-te / - veneno surucucu.
Tomaz Viera da Cruz
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