Alguns critérios técnicos de selecção da vegetação:
1. Hábitos radicais - (Relação profundância-superficialidade de desenvolvimento radical, capacidade de ancoragem/encastramento*, conflitualidade com infraestruturas enterradas)
2. Formação da copa – Relação entre alongamento e crescimento secundário – Dominância apical.
3. Aspectos edáficos - Solo urbano – Possível existência de materiais do tipo escombros para além do volume (bem) explorável de solo da cova de plantação e normalmente associado a um aumento do pH.(não sabemos se aplicável no caso concreto, dada a natureza arenosa do solo e a baixa densidade de edificação). Capacidade de armazenamento do solo** e drenagem.
4. Adaptabilidade ecológica– Inclusão do máximo de material vegetal próprio da região (e de preferência proveniente da própria região). Oferece uma garantia de sucesso adaptativo e é culturalmente coerente, contribuindo para a identificação do lugar como fazendo parte dum contexto local/regional. Selecção baseada no zonamento de vegetação natural potencial, na medida do possível, dados os constrangimentos que o material inerte impõe, bem como o próprio clima urbano.***
* Fisicamente uma árvore é um pilar encastrado no solo, sujeito ao peso do próprio corpo e à flexão originada pelo vento, cargas pontuais.
** Neste caso concreto-areias podzolizadas sem uma camada dura (Formação de um horizonte eluvial superficial pobre por migração de compostos solúveis e acumulação subsuperficial de compostos insolúveis de Fe, Al e matéria orgânica, acidez marcada) não se prevê grande capacidade de armazenamento do solo pelo que as dotações de rega deverão ser intervaladas. Num sistema gota-a-gota daria um bolbo molhado de forma muito alongado, provavelmente para além da profundidade da raiz, seria consequentemente um desperdicio de agua.
*** nesta situação pensamos não ser verdadeiramente aplicável.
Nota: Dados fornecidos pelo cliente relativamente à presença ou ausência de camada dura - Surraipa
Trabalho efectuado em 2003
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