13 Apr 2011




A parcela de terreno a que diz respeito o presente trabalho envolve um pequeno planalto e uma encosta a Poente da Ribeira de Barcarena. O terreno começa na zona altaneira como um planalto livre de vegetação e dobra para Nascente formando a encosta quase completamente revestida por vegetação arbórea.
Na zona baixa surge, naturalmente, a Ribeira de Barcarena, enquadrada em regime de protecção da Reserva Ecológica Nacional.
Sobre a ocupação vegetal existente:
Deste ponto de vista a ocupação vegetal assume três aspectos tipológicos; a clareira, a mata e o jardim.
A clareira, revestida por prado natural de sequeiro (3080m2) tem como localização principal a zona de planalto onde surgem algumas oliveiras dispostas em pomar. Na meia encosta surge uma pequena clareira (260m2) anexa ao Tanque inserido na mata. Mais abaixo surge uma clareira de maior dimensão (741,7m2) anexa ao Pavilhão (Edifício à direita da entrada), situado adjacente à linha de água.
Relativamente à mata aparece no limite nascente da propriedade uma mancha de Acácia Austrália e de Eucaliptos com marcas de passagem do fogo (525,20m2).
Entre a anterior e o planalto aparece uma mancha de pinheiros do Alepo (Pinus halepensis) (263m2), encostada ao muro, também esta com marcas de passagem do fogo. Na parte Norte-Nascente surge uma mancha de Eucaliptal e Acacial jovens com uma área de 1048,60m2.
Na área já a meia encosta e na parte frontal à casa principal surge o Eucaliptal Adulto com uma distribuição de 1634,26 m2.
Mais abaixo, na encosta aparece uma mancha central de povoamento florestal misto, quer isto dizer que surge o Lodão (Celtis australis) e o Sicomoro jovem (Acer pseudoplatanus) numa área de distribuição com 486,3m2.
Nas margens alcantiladas da linha de água ocorre também uma formação mista em que predominam os Freixos (Fraxinus angustifolia), a Figueira (Ficus carica), a Casuarina e o Cedro do Buçaco (Cupressus lusitanica).
Na meia encosta, a Sul do Tanque já referido, aparece uma grande mancha de Eucaliptal e Acacial adulto que perfaz uma área de 3602,4 m2.
Por último, surge-nos a tipologia de jardim ou vestígios de jardim, este vegetando dum modo misto na mata. Corresponde à área entre o tanque e as escadas que dão acesso à casa principal e a uma extensa mancha de vegetação que fica por trás do Pavilhão junto à ribeira. Perfazem uma área aproximada de 6375m2.
Devemos ainda salientar que nos surgem ainda três manchas de bambusal no interface entre o caminho principal e a mata, prováveis memórias dum jardim cuidado.
São elementos componentes da Mata as seguintes espécies por nós identificadas, o lodão (Celtis australis), a figueira (Ficus carica), a árvore do paraíso (Ailanthus altissima), o sicómoro (Acer pseudoplatanus), a acácia Austrália (Acacia melanoxylon), o mioporo (Myoporum sp.), o eucalipto (Eucaliptus globulos), a árvore do incenso (Pittosporum undulatum), a robinia (Robinea pseudoacacia), o loureiro (Laurus nobilis), o carvalho Roble (Quercus robur), o freixo (Fraxinus angustifolia), Roseira brava (Rosa canina) e a nespereira (Eriobotrya japonica).
O estrato arbustivo é extremamente pobre surgindo, aqui e ali, o Buxo (Buxus sempervirens) e o Euonimo (Euonymus sp.). Do ponto de vista do valor herbáceo aparece-nos o Ruscus aculeatus, a Vinca (Vinca difformis), a Tradescancia (Tradescantia fluminensis), o Ficus pumilla (Trepadeira) e a Hera (Hedera helix).
Importa dizer que devido à inexistência de um levantamento de vegetação rigoroso, as manchas do coberto arbóreo apresentado são apenas uma ilustração da situação existente
O desenho de coberto vegetal existente resulta do cruzamento de três factores, o zonamento de vegetação (Estudo de Ocupação Agro-Florestal), a fotografia aérea e a visita ao local.
Sobre as acções preconizadas relativamente ao coberto vegetal:
Deste ponto de vista surgem-nos dois tipos de acções a executar sobre o coberto vegetal, por um lado a supressão criteriosa de vegetação e por outro a plantação de novo material vegetal de valor estético e ambiental elevados.
Medida primeira – Supressão de material vegetal:
No que diz à supressão de material vegetal temos como cenário a supressão cirúrgica de Acacia melanoxylon (espécie exótica invasora) com vista à abertura de clareiras na mata em ordem ao repovoamento de carvalhos (Quercus faginea e Quercus robur – que muito agradecem a frescura ambiental do local) e de Sicomoros (Acer pseudoplatanus).
A abertura de clareiras é um passo fundamental para o rejuvenescimento do povoamento pois as plantas precisam de interceptar radiação solar até ao ponto em que já tenham altura suficiente para competir com as árvores adultas da vizinhança.
A clareira é portanto um tipo de ocupação territorial em que predomina o prado de sequeiro como revestimento do solo, cumprindo uma função que ocorre num intervalo de tempo até que as novas árvores recém-plantadas tenham o crescimento susceptível de terminar essa condição.
A supressão de Acacia melanoxylon faz-se com recurso ao uso de motosserra, deixando o material lenhoso bem desfeito na mata, ao que se segue de pincelamento das toiças com glifosato puro.
Medida segunda – Plantação de novo material vegetal:
No que diz respeito à plantação de novo material vegetal, dever-se-ão seleccionar espécies do Carvalhal sub-húmido (Na zona de encosta) juntamente com outras folhosas de elevado valor ecológico e cénico como os géneros Acer (Acer campestre, Acer pseudoplatanus), Tilia tomentosa (Tilia prateada), Fraxinus (Freixo) e Juglans (Nogueira).
Relativamente ao eucaliptal preconiza-se a ideia de selecção diferencial dos melhores exemplares ou seja os mais bem conformados e de tamanho razoável. No seguimento da linha de acção anterior dever-se-á suprimir os indivíduos de má conformação bem como aqueles que têm uma localização perniciosa no sentido em que comprometem a abertura de clareiras para as novas plantações de carvalhos e outras folhosas.
Relativamente ao sub-coberto
No que diz respeito ao subcoberto, altamente infestado por tradescancia, dever-se-á promover uma limpeza geral e remoção localizada desta infestante com vista ao aparecimento de herbáceas espontâneas que naturalmente surgirão. Dever-se-á ainda promover a plantação de hera (Hedera x helix), morangueiro silvestre (Fragaria vesca), fetos, vinha-virgem (Parthenocissus tricuspidata) ou Poa nemorallis (Sementeira outonal) como solução económica e eficaz de revestimento do solo. A ideia fundamental é a de que dever-se-ão executar núcleos de plantação de herbáceas associadas a manchas de irrigação por sistema gota-a-gota ou brotadores localizados que deverão cessar funções ao fim de três a quatro anos de funcionamento, criando-se assim pontos de dispersão de vegetação na mata com tendência a uma evolução e crescimento.
A zona de principal clareira será parcialmente ocupada pelo loteamento, plataforma de cota mais alta ligeiramente virada a Nascente. Neste local existe pouco material vegetal arbóreo, devendo-se no entanto salvaguardar a transplantação de oliveiras que poderão ser elementos compositivos da nova paisagem que no local surgirá.

Os restantes lotes ocuparão a grande área de jardim abandonado, imediatamente abaixo da casa principal, no plano adjacente à linha de água, respeitando sempre as servidões relativas a esta última.
No contexto florestal em questão, importa salientar que a técnica de plantação do material vegetal consiste em abrir uma cova e manter uma meia-lua em seu redor rebaixada com vista a que se acumule água junto do colo da planta. É ainda de considerar o uso de “discos” de empalhamento que funcionam como mulch, protecção à evaporação. Não está fora de questão a utilização de rega gota-a-gota no sentido de abastecer estas plantas.

Relativamente ao tratamento de taludes
Nesta situação prevê-se a utilização de técnicas de hidrossementeira e de sementeira a lanço de espécies gramíneas tolerantes ao ensombramento como a Poa nemoralis, Festuca rubra, Festuca arundinacea ou Lolium perenne tolerantes. Poder-se-á também incorporar na mistura alguma semente de arbustos tolerantes ao ensombramento.
No caso de se considerar a recuperação dos Jardins que se encontram actualmente abandonados:
Nesta perspectiva há a considerar dois aspectos fundamentais, a recuperação das infraestruturas dos jardins (Ver mais adiante) e a recuperação da vegetação – Este ultimo aspecto reveste-se de elevada dificuldade pois a visita aos jardins da propriedade veio demonstrar um elevado grau de degradação do material vegetal existente ou simplesmente a sua ausência. Deste modo a recuperação dos jardins da propriedade, será uma recriação dos jardins formais de época ou uma recuperação de um muito, possivelmente, interessante jardim que se desenvolvia em tabuleiros formais de altimetria distinta como se fossem vários parterres distribuídos no espaço. A morfologia da paisagem assim o indica.
Naturalmente só após de um aturado trabalho de pesquisa bibliográfica e imagética é que podemos preconizar a melhor solução para este trabalho de investigação. Serve no entanto como conceito base a ideia de que os jardins serão composições formais de aspecto desnivelado formados por sebes de murta (Myrtus communis) ou de buxo (Buxus sempervirens) que delimitam canteiros preenchidos de material vegetal de características herbáceas. No contorno destas manchas existem caminhos em saibro da região que permitem a fruição do jardim pelos utentes.

Sobre a recuperação das infraestruturas e estruturas dos jardins:
As principais acções recomendadas no âmbito destes trabalhos consistem na análise dos circuitos hidráulicos, sua caracterização funcional e estado material no sentido de preconizar intervenções de reabilitação de elementos.
Assim sendo, é de prever o seguinte; Verificação funcional de circuitos (Orgãos de captação, condução, armazenamento, drenagem por enchimento, colecta em caixas finais, envio para a linha de água), a drenagem de todos os tanques e fontes, limpeza geral com jacto de água (Pressão máxima de 80 Bar), reposição de materiais friáveis ou em estado de desagregação, análise de rebocos e sua completa reabilitação com massas hidrofugadas e finalmente pinturas e caiamentos com materiais adequados.
Durante estes procedimentos executar-se-á a diversão dos circuitos hidráulicos para que permaneçam sem água.
A visita à propriedade demonstrou que os circuitos hidráulicos estão em funcionamento prevendo-se portanto uma análise e reabilitação de algum modo ligeira. Corresponde, portanto, a uma limpeza/remoção geral de vegetação incrustada, remoção de materiais friáveis e sua substituição e eventualmente novos revestimentos com massas de qualidade superior e pintura final.
Fazem parte destes trabalhos o levantamento de eventuais peças de cantaria (Pedras de capeamento, bicas, remates, etc) em falta ou danificadas, aspecto a analisar com maior detalhe em outra fase de projecto.
No que diz respeito às pavimentações é de prever um levantamento de todos os casos em que existam deformações do pavimento ou a inexistência de material quer sejam degraus de escadas, lajetas ou panos de pavimentação, incluindo caleiras e todos os elementos susceptíveis de integrar esta categoria. Numa primeira análise verifica-se a presença de degraus deslocados bem como manchas de pavimento em falta (Calçadinha miúda) que serão repostas com materiais e geometrias existentes e a respeitar.
Relativamente a muros proceder-se-á ao desmonte, remonte e isolamento (Rebocos hidrofugados) com materiais adequados e sempre respeitando geometrias existentes.
A visita à propriedade veio demonstrar que existem elevada quantidade de muros e muretes fissurados e com assentamentos diferenciais bem como com incrustações de vegetação que necessitam destas operações de reabilitação.
Relativamente a metais proceder-se-á a à adição de material em falta ou em secção delgada, sua metalização a frio e pintura anticorrosiva.

Sobre a estrutura de caminhos propostos
A ideia subjacente à implantação duma estrutura de caminhos consiste no conceito de que deverá existir um circuito ou circuitos pedonais de fruição da paisagem. A estrutura de caminhos proposta assenta no facto de existirem já acessos libertos de vegetação pelo que uma parte destes circuitos propostos está de algum modo “agarrado” aos percursos automóveis propostos. Faz-se também uso das estruturas existentes como escadas e o tanque do interior da mata como elementos do circuito pedonal e como ponto de estadia, respectivamente. Posteriormente propor-se-á outros sítios de estadia adjacentes a esta malha pedonal.
Do ponto de vista construtivo estes pavimentos serão em saibro da região, limitados por lancis em contraplacado marítimo. Na situação de certa inclinação poder-se-á utilizar a agregação deste material com resinas tipo Activesol, mantendo no entanto a permeabilidade deste material.

Sobre a proposta de recuperação dos jardins formais
A proposta de recuperação dos jardins anexos à casa principal incide fundamentalmente na recriação dum jardim formal, que se desenvolve em três patamares de diferentes altimetrias (como foi expresso anteriormente). No patamar superior optou-se por revestir o solo com um pavimento em saibro da região dada a exiguidade do espaço. Trata-se também dum local que funciona como varanda sobre os patamares inferiores e que pode ser utilizado como sítio de estar pelos moradores.
O patamar médio e inferior correspondem de facto ao jardim formal de canteiros e sebes talhadas de Murta (Myrtus communis) ou Buxo (Buxus sempervirens) ou ainda mais convenientemente de Teixo (Taxus baccata).
Trata-se de um desenho ainda de carácter indicativo pois é necessária alguma investigação relativa a uma formalização pré-existente.
O patamar intermédio possui um poço, elemento central do espaço a reabilitar – o desenho das sebes formais resulta deste elemento centralizador, um acontecimento singular no contexto deste espaço.
O patamar inferior corresponde a um talhão que contacta com o percurso pedonal exterior ao jardim. Constitui um espaço de enquadramento e ligação ao exterior de uso público. Trata-se, portanto, de um elemento com características de visualização remota mais do que um espaço de vivência intensa.

Sobre a proposta dos jardins anexos à Ribeira de Barcarena
A proposta relativa aos Jardins anexos aos lotes que se situam na proximidade da linha de água assenta em determinados pressupostos; Trata-se dum espaço de conformação longitudinal ladeado pelos elementos construídos do loteamento (Uso privado) e pela Ribeira de Barcarena, estrutura que configura elevada atracção vivencial pelo colectivo – Uso público.
Neste contexto o desenho de caminhos pedonais possui um desenvolvimento ondulatório (Deambulação) longitudinal delimitando canteiros (Revestidos de herbáceas, pequenos arbustos e pequenos relvados), parcelas de terreno revestidas com tufo basáltico e ainda bolsas de contacto com o muro perimetral à ribeira, locais especialmente indicados para estar, ler ou simplesmente contemplar.
Estes sítios serão equipados com bancos e terão sombra proporcionada pelas árvores existentes e propostas (Freixos e Choupos Lombardos).
A malha de caminhos proposta consiste num eixo fundamental de largura superior e um conjunto de pequenos trilhos em saibro da região que complementam o percurso principal.
Ladeando os caminhos, no lado das construções, propõe-se uma mancha praticamente contínua de sub-arbustos que delimitam e proporcionam certa privacidade aos moradores dessas habitações.
As habitações possuem jardim próprio que se encontra formalizado sob a forma dum pequeno relvado e que poderá ser alvo de projecto específico. Na lateral deste jardim surge uma sebe de compartimentação que delimita informalmente o espaço.
No remate final da parcela (Junto ao pavilhão) surge uma pérgola, estrutura em madeira tratada que contacta com um relvado de maiores proporções – um sítio de jogo ou de actividades.
A pérgola contacta também, por outro lado com um grande prado florido de sequeiro. É uma solução económica de revestimento do solo mas também muito interessante esteticamente e ambientalmente.
Este prado florido consiste numa matriz herbácea de Festuca ovina duriuscula sobre o qual surge um pontuado de herbáceas silvestres de flor com coloração diversa.

Relativamente ao relvado na parte superior do loteamento
No espaço mais plano, adjacente ou loteamento, na sua parte superior propõe-se um relativamente extenso relvado. Este relvado é limitado por um muro/murete de suporte que se pretende revestido de plantas trepadeiras. O relvado é povoado por alguns carvalhos.
Este elemento constitui o único espaço aberto de estar, brincar, correr que os moradores da parte superior do loteamento têm, razão pela qual achamos importante a sua indicação.

Sobre o sistema automático de rega

Na situação de recuperação dos jardins abandonados é de prever a instalação dum sistema automático de rega. Este sistema consiste na captação de água num depósito que poderá ser um tanque existente e que armazenará água provinda das fontes naturais de água existentes, associado a um sistema hidropressor que conduzirá a água para uma tubagem de condução. Esta tubagem de condução alimentará as tubagens de distribuição ou seja as tubagens sectoriais. Nestas tubagens de distribuição estarão acoplados os emissores de rega, tubo gota-a-gota, aspersores e pulverizadores, comandados por electroválvulas a mando do programador de rega.
Prevê-se a utilização deste sistema em situação de relvados (Aspersão), em manchas arbustivas (Gota-a-gota) e em manchas herbáceas (Pulverização).
A utilização de tubagem gota-a-gota em situação florestal é de prever, em ordem a obter um sucesso garantido das plantações, bem como taxas de crescimento mais importantes. Após cinco anos relativos à plantação, este sistema será retirado de uso, considerando que as plantas já estão bem estabelecidas.

Conclusão
Podemos afirmar que este loteamento configura uma proposta de materialização construtiva bem adequada ao local em questão. As áreas de implantação do loteamento correspondem fundamentalmente às zonas de clareira existentes, salvaguardando-se em muito o abate de material vegetal existente.
Importa dizer sobre este aspecto que do ponto de vista ambiental a área em questão não é sensível uma vez que os povoamentos florestais existentes (Mata) não possuem características singulares ao nível do valor conservacionista.
Pelo contrário, a proposta de intervenção promove a criação, faseada, de um conjunto vegetal (e ambiental) de superior interesse ecossistémico (Carvalhal da zona sub-húmida) à custa da eliminação de flora exótica infestante, sem qualquer interesse ambiental.
Do ponto de vista do desenho de Arquitectura Paisagista, propõe-se um conjunto de elementos de fruição dos espaços, concretamente percursos, sítios de estar, prados, relvados, manchas arbóreas, arbustivas e herbáceas num conjunto compositivo.
Os elementos desenhados fazem parte integrante duma estrutura pré-existente de eventos construídos da própria propriedade. Assim os locais de estar são adjacentes aos elementos de água presentes como tanques e fontes ou ainda à ribeira.
Os percursos pela mata fazem, em grande medida, recurso aos caminhos existentes e outros completamente desenhados numa paisagem proposta que se materializa no jardim anexo à ribeira e nos locais.

gonçalo torrado dos reis - junho 2008
c/ catarina vieira - desenho.2


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